A farmácia do futuro e o futuro da farmácia: desafios e oportunidades
22 de novembro de 2019Farmácia - Na era do cliente conectado, empoderado e do “tudo social”, as farmácias cada vez mais buscam desempenhar um papel que vai além do varejo de medicamentos para colaborar na adesão ao tratamento. “A jornada do paciente não é fácil e justamente o farmacêutico, que é o profissional que tem o maior contato com ele, está desconectado do sistema”, afirma Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma.
O problema crônico da saúde no Brasil e como as farmácias podem atuar para mudar esse cenário foi o tema da palestra do executivo no 1º Congresso de Clínicas da Abrafarma. “Cerca de 90% das mortes por AVC ou doenças cardiovasculares poderiam ser evitadas por meio da adoção de hábitos saudáveis, perda de peso, redução do tabagismo e uso de álcool, e o controle adequado do diabetes e da hipertensão”, avalia Barreto.
Pesquisa do Conselho Federal de Farmácia (CFF), realizada pelo Datafolha em abril deste ano, sobre uso de medicamentos, revelou que quatro em cada dez entrevistados deixaram de usar medicamentos prescritos. As razões para o abandono estão associadas, principalmente, à percepção de que o remédio era muito forte, às reações, a falta de confiança e à crença de que já estava curado. A maior parte informa que já alterou a dosagem do medicamento prescrito pelo profissional de saúde.
E observando esses aspectos, qual seria o papel da farmácia do futuro? “Cada vez mais podemos afirmar que a farmácia e a saúde estão intimamente ligadas com a revolução da conectividade. Hoje existem gadgets que conseguem prever e detectar ataques cardíacos, alergia, diabetes e arritmias. Além disso, cerca de 165 mil aplicativos para smartphones podem identificar desde câncer de pele até armazenar dados sobre vacinas. “Meu celular pode dizer mais sobre mim, e ajudar a gerenciar minha saúde, do que qualquer médico saberá em toda a minha vida”, crava Barreto.
Na prática, é preciso primeiramente ser um resolvedor de problemas e não um mero vendedor de produtos. Uma boa jornada também inclui oferecer experiências sem atrito, investimento em telessaúde e saber enxergar a farmácia como parte do ecossistema de saúde e bem-estar, centrada nas soluções para o cliente.
A revolução além da pílula consiste em três áreas:
1 - Identificar riscos com o uso de testes laboratoriais remotos, alertando ao usuário que busque atendimento médico
2 - Atuar na prevenção por meio da imunização de crianças e adultos
3 - Ampliar a adesão ao tratamento por meio do monitoramento e aconselhamento “O fundamental é entender a jornada do paciente e repensar o negócio para associar-se, interagir e manter-se junto dele”, finaliza.
Um destaque vem sendo a adoção da Plataforma Clinicarx pelas grandes redes de farmácia. O software permite uma gestão completa dos serviços farmacêuticos, vacinas e exames rápidos, dando mais segurança ao farmacêutico e paciente durante o atendimento. Além disso, disponibiliza recursos de inteligência de dados que auxiliam a farmácia na melhoria contínua dos resultados.
Veja também: https://www.assistenciafarmaceutica.far.br/cimed-renova-direcao-e-reestrutura-area-financeira/
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