CFF apresenta resultados da campanha de diabetes
21 de outubro de 2019Campanha de diabetes - O XXII Congresso da Sociedade Brasileira de Diabetes, que ocorreu de 16 a 18 de outubro em Natal (RN), serviu de palco para a apresentação inédita dos resultados da campanha Diabetes não tem Cara. A iniciativa foi promovida no fim do ano passado pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), em parceria com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Universidade Federal do Paraná, Universidade Federal de Ouro Preto e as farmácias do Brasil, incluindo as redes associadas à Abrafarma.
Durante o período, foram realizados 20.171 atendimentos em pacientes de 20 a 79 anos, dos quais 17.580 (87,1%) atenderam aos critérios de inclusão. O estudo contou com a participação de 977 farmacêuticos, de 345 municípios. “A grande maioria dos pacientes foi atendida em farmácia privada, sendo que 87,8% dos atendimentos foram realizados em consultório farmacêutico, o que ressalta a importância da assistência clínica na promoção da saúde”, afirma Cassyano Correr, coordenador do programa de Assistência Farmacêutica Avançada da Abrafarma e integrante do Grupo de Trabalho em Diabetes do CFF.
A pesquisa revelou ainda que a prevalência de glicemia elevada na população brasileira sem diagnóstico prévio de diabetes mellitus é de 18,4%, ou seja, uma em cada cinco pessoas. A região com maior número de casos é o Centro-Oeste, com 24,6%, enquanto o Sudeste registra a menor concentração, com 15% dos casos.

Do total de pacientes, 22,6% apresentam risco alto (um em cada três vão contrair a doença) ou muito alto (um em cada dois terão a doença) para o desenvolvimento do diabetes mellitus nos próximos dez anos. Os principais fatores de risco presentes são o sedentarismo (68%), não ingestão de verduras e/ou frutas todos os dias (43%) e histórico da doença em pais, irmãos ou filhos (37%).

“Existe uma grande quantidade de casos entre brasileiros com altos níveis de glicemia sem diagnóstico. Este é o maior estudo de triagem da doença já realizado no país, e seus resultados podem direcionar ações de saúde pública a essa população não diagnosticada”, finaliza Correr.
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