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Como falta de medicamentos no SUS empurra 10 milhões de brasileiros à pobreza por ano

10 de outubro de 2022
Fonte: Portal Época Negócios

Os medicamentos representam 84% do dispêndio com saúde feito do próprio bolso pelas famílias mais pobres do país.

THAIS CARRANÇA

DA BBC NEWS BRASIL EM SÃO PAULO

Mais de 10 milhões de brasileiros caem na pobreza por ano devido a gastos com saúde, segundo estudo do Banco Mundial. Os medicamentos são o maior peso nesta despesa, representando 84% do dispêndio com saúde feito do próprio bolso pelas famílias mais pobres do país.

Entre 213 e 29, a única proporção de usuários do SUS (Sistema único de proporção de usuários do SUS) que não 410 pontos no serviço público de saúde aumentou4,2%.

A Universidade Federal de Santa Catarina , UFPel (Universidade Federal de Pelotas), Griffith University, FGV (Fundação Getulio Vargas) e Harvard.

Estes podem ser agravados a partir de 2023, alertam os pesquisadores, diante do corte pelo governo federal 59% no orçamento do Farmácia Popular, programa que atende a 2 milhões de brasileiros, com preços livres ou baixos.

O corte de verbas foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo, a partir de  Nota de Política Econômica  elaborada pelo Grupo de Economia do Setor Público da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Após a repercussão negativa às vésperas da eleição, o governo federal indicou a intenção de recompor o orçamento Popular para 2023 e incorporou cinco novos ao programa.

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"Sem acesso a medicamentos, há primeiro um impacto econômico para a renda da população, que precisa gastar mais dinheiro. Isso gera empobrecimento, o que piora a situação de saúde", observa Adriano Massuda, médico sanitarista, professor da FGV e um dos autores do estudo que mostrou queda no acesso a medicamentos através do SUS entre 2013 e 2019.

"Do ponto de sanitário, pode haver um agravamento dos problemas de saúde, gerando internações, que representa uma despesa adicional ao SUS. Também gera um aumento de mortes que podem ser prevenidas. É um efeito cascata", diz o membro da FGV-Saúde .

Além da crescente dificuldade de acesso aos remédios no SUS, o país também considera esta falta de medicamentos nos hospitais e farmácias, e insumos na indústria farmacêutica.

Levantamento pelo CRF-SP feito pelo CRF-SP (Conselho Regional de Farmácia de São Paulo) mostrou que, naquele momento, 98% dos estabelecimentos farmacêuticos dificuldades de abastecimento, com medicamentos básicos e paracetamicina dipirona, azitromicina dipirona, ibupro os problemas de abastecimento em falta.

Segundo o CRF-SP, o problema causado pela instabilidade nas cadeias farmacêuticas, devido aos bloqueios na China decorrentes da covid-19 e da guerra da Ucrânia, e o abastecimento já têm se normalizado desde então.

Para o conselho, porém, a necessidade de o país investir na sua proteção, proteção de proteção.

Procurado pela BBC News Brasil, o Ministério da Saúde não respondeu a pedido de posicionamento.

Medicamentos são 46% do gasto com saúde das famílias

Em média, os gastos com saúde consomem 13% do orçamento das famílias brasileiras, mostra  o estudo do Banco Mundial , a partir da análise de dados da POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) 2017-2018 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) .

A POF é uma pesquisa que mapeia a composição do gasto das famílias. Ela é atualizada. a cada seis ou sete anos pelo IBGE e é usada, por exemplo, como referência para a cesta de consumo do IPCA e INPC, os índices oficiais de inflação do IBGE O estudo do Banco Mundial usa a POF mais recente.

Excluindo despesas com planos de saúde privada, o gasto com saúde consome em média 10,5% do orçamento das famílias — chegando a 11,6% para as famílias mais pobres, comparado a 7,7% para as famílias mais ricas.

"Os mais ricos gastam mais com plano de saúde e os mais pobres, mais com remédio", observa Edson Correia Araújo, economista sênior do Banco Mundial e um dos autores do estudo, ao lado de Bernardo Dantas Pereira Coelho.

Em média, os medicamentos representam 46% do gasto com saúde das famílias brasileiras. Para os mais pobres, o peso é de 84%, quase três vezes a média das famílias mais ricas (29%).

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