Como garantir rentabilidade com os serviços farmacêuticos?

Serviços - Um dos aspectos mais importantes das farmácias que contam com salas clínicas dentro das lojas é saber como rentabilizar e qual o efeito real desses serviços para o core business da rede. Após cinco anos da criação do programa de Assistência Farmacêutica Avançada da Abrafarma, Jim Danahy, CEO da AdhereRX Inc, empresa canadense de consultoria e treinamento para farmácias, fez um balanço detalhado sobre a evolução do negócio.

“Estratégia é fundamental, mas é a cultura do cuidado que mantém o varejo farmacêutico. A farmácia não vende só produto, mas contribui para satisfazer a necessidade do cliente. É um relacionamento para a vida toda”, explica. Para o paciente, a compra do produto ou serviço precisa agregar valor. Um exemplo é o trabalho de supervisão do farmacêutico para tirar o paciente diabético do medicamento, o que otimiza os custos do gerenciamento de sua saúde.

Segundo Danahy, os serviços têm margem mais alta do que os produtos e estão gerando, inclusive, outras receitas. O executivo apresentou um plano de crescimento em cinco anos de uma farmácia típica brasileira com média nacional de vendas de R$ 570 mil ao mês – R$ 6,8 milhões ao ano. No primeiro ano, o gestor deve acrescentar mais três serviços essenciais por semana relacionados ao controle da medicação para casos de diabetes, hipertensão e colesterol.

“Uma consulta de 15 minutos pode entregar de quatro a cinco vezes mais de rentabilidade sem necessidade de funcionários adicionais”, ressalta. Já no segundo ano, a meta é acrescentar mais três serviços essenciais por dia e mais um complementar por semana. Do terceiro ao quinto ano, o ideal é a realização dos nove serviços essenciais por dia, com o acréscimo de dois complementares por semana no terceiro, três no quarto ano, até chegar a cinco no quinto ano. “Uma receita de R$ 99 mil com esse segmento pode representar um incremento de R$ 147 mil em lucratividade”, finaliza.

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