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Testes rápidos ampliam força das farmácias no combate à Covid-19

04 de maio de 2020

Testes rápidos - Um avanço não apenas para o varejo farmacêutico, mas para toda a população brasileira. Depois de uma intensa reivindicação do setor, finalmente a Anvisa aprovou a realização de testes rápidos nas drogarias para detectar casos da Covid-19. A RDC Nº 377 foi publicada no Diário Oficial do dia 29 de abril, acompanhada da nota técnica nº 97, com orientações para esses serviços nas farmácias.

A medida representa mais uma vitória para as farmácias e drogarias, que recentemente também foram autorizadas a ministrar vacinas contra doenças como H1N1 e a influenza. “Temos no Brasil mais de 80 mil farmácias e muitas delas podem contribuir nesse momento de pandemia, seja testando pacientes, esclarecendo dúvidas ou encaminhando-os ao sistema de saúde. Temos mais de 3 mil salas de serviços farmacêuticos com profissionais aptos a realizar testes rápidos”, celebrou Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma.

Mas como, na prática, poderão funcionar os testes nos estabelecimentos? Para isso entrevistamos Carlos Gouvêa, presidente da  Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial, que enumerou os pontos mais relevantes. A entidade disponibilizou apoio técnico para a Anvisa no estabelecimento dessas regras.

  • A estratégia prevê a testagem em massa em duas fases. A primeira envolve 5 mil hospitais, 16 mil laboratórios clínicos e com potencial para mais de 80 mil farmácias. Já a segunda fase conta com a participação de empresas, associações e entidades, desde que a testagem seja realizada por profissionais habilitados ou com experiência laboratorial.
  • Até o momento já são 21 testes rápidos aprovados pela Anvisa, aplicados com a técnica de detecção de anticorpos, que indica se a pessoa está no início, meio ou no fim da infecção. “Mas independentemente do resultado, é essencial que o farmacêutico esclareça ao paciente que não há garantia de imunidade após a cura”, pondera.
  • A aplicação dos testes deve ser feita por um profissional de saúde realmente gabaritado. Segundo Gouvêa, mais de 9 mil farmacêuticos já passaram por treinamentos online pela plataforma Clinicarx. Além disso, uma sugestão é que os profissionais de saúde façam um treinamento pelo Telelab, programa de educação continuada do Ministério da Saúde
  • Outra recomendação é que as farmácias protocolem dados e resultados para compartilhamento com a base do Ministério da Saúde, respeitando-se as regras de privacidade do paciente. “Com isso é possível indicar qual caminho a pandemia está tomando, a velocidade de transmissão e os focos de concentração. Isso pode representar uma contribuição valiosa para ações de saúde mais direcionadas”, observa.

Enquanto isso, em Nova York....

Na última semana, os Estados Unidos também deram um passo importante no enfrentamento do novo coronavírus, no estado que é o epicentro da doença no país. O governador de Nova York, Andrew Cuomo, anunciou a liberação dos testes rápidos em cerca de 5 mil farmácias.

A meta é que 40 mil testes sejam aplicados diariamente. Mais de 938 mil casos já foram confirmados em solo norte-americano, com cerca de 54 mil mortes. O índice de letalidade de quase 6% impressiona e praticamente um terço dos óbitos ocorreu em Nova York.

Veja também: https://www.assistenciafarmaceutica.far.br/campanha-de-vacinacao-mobiliza-rio-de-janeiro-contra-a-influenza/

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